O que era a porta de saída, senão a desculpa perfeita para se auto descobrir?
Depois de algumas caminhadas pela sombra, onde encontramos deslizes que nos são apenas julgados como aprendizados. E que portanto pagamos nossas penas de forma sorridente. Concluindo secreta e inconscientemente que não haveria cortes profundos, somente leves arranhões que deixaram cicatrizes de onde tiramos lembranças.
Após algumas conturbações reais, transitoriedade na visão hierarquica familiar e pequenas agregações virtualmente afetáveis, tem-se a descoberta de alguma liberdade viável a formação de personalidade.
Ao descobrir-se dono de seu ir e vir, fazer ou não, comete-se tropeços agradáveis e equilibrados sempre cheios de inquisidores leais, que encontram apenas seus pareceres, que causam-nos apenas confusões realistas e necessárias.
Causamos nestas épocas mais mal aos que nos acompanham do que a nós mesmos, pois para nossas experiências aplicadas ou não, tem-se teorias e conclusões pessoais, que são usadas por nossa formação humana mais como alicerces.
Dessas nossas experimentações e teses, agregam-se pessoas, aquelas das quais copiamos uma grafia, um uso de termo, um movimento repetitivo, um ato de sociabilidade, e opiniões esquerdistas e direitistas, conforme assim convir.
E tem-se assim de certo modo algo que se considera nosso, e que com o passar de tempos será sempre lapidado por nosso ego-crítico.
Vislumbra-se então um eu adulto, cheio de opiniões para passar, e considera-se agora mais colaborador do que colaborado.
Transformamos as relações em codependentes, criando laços mais fortes e favoráveis para a não solidão e para a auto afirmação da figura por si criada, fazendo com que haja reflexo de vitória por sermos nós mesmos.