quarta-feira, 28 de julho de 2010

FORMULÁRIO

E há formulário para todo tipo de requisição.
Somos obrigados a nos descrever com tinta e papel em qualquer instituição que adentramos, e nada mais do que aquela velha repetição:
primeiro nome
segundo nome
RG
CPF
endereço
idade
salário
razão social e ideológica??????

Quem derá se fosse assim apenas nas tais instituições que precisam lhe fichar para antecedentes e classificações.
E dai como não haver o pré-conceito estipulado 'proibido'?
Se já logo cedo nos ensinam não só a preencher nossos formulários, mas como interpretar os formulários alheios, sem nem ao menos termos acesso a estes.
Poderia eu blasfemar enormes indignações, se o mundo já não o fosse esse???
Exemplificar o tal garotinho que ganhou uma bolsa em um bom colégio e vem de um subúrbio qualquer e quais os traumas seu formulário seria capaz de acarretar?
Ou citar a jovem grávida aos teen anos e que agrega no seio familiar uma velha nostalgia do pudor já a muito ultrapassado, e que por tal, é deixada a beira da rua, e a probabilidade das deturpações futuras de seu formulário??
E assim havendo com mulheres, homens, negros, amarelos, pobres, ricos, nortistas ou sulistas, caracterizando que nossos humanos não aceitam, apenas o que vem de fora, arrastando por séculos as interpretações e preenchimentos de formulários bestiais.

'DIVISÕES DEU'

Nos subúrbios do meu coração
encontram-se os lares e amores vividos,
lugares e pessoas largadas ou esquecidas,
onde o tréfego exercido por esses,
causam-me poucos reboliços;
Recordar-lhes é apenas a melhor maneira,
de encontrar em mim
o que sei que acrescentou-se.

Mais nos arredores baixos,
encontram-se pessoas que amo
as quais visitam-me vez enquando
e recebem felizes meus correspondentes
de amor e gratidão por me fazerem parte.

Cá no centro está o todo,
o complicado,
o carma escolhido ou não,
o dom a ser exercido
e recolhido nos nossos atos;
Caracterizam-me
como querem ou vêem.

Reescrevo-me

Saboreando as coisas que são
porque são como devem ser!

Remetendo as infâncias dentro de nós...
Subjugamos, aprendizados e relacionamentos factuais.

Reescrevendo dentro e fora do ser,
o que de certo ocasiona lembranças.

Seremos todos cheios de prazeres ou não,
mapeando estes em nossas expressões palpáveis,
e visíveis aos que requerem grandiosas
e extravagantes aquisições do outro.

E estando assim de forma obrigatóriamente crescente
dentro do círculo que nos traduzem,
causando ao certo dúvida e angústia,
aversão e contradição.

Para que assim seja categoricamente inrefreável
os motivos pelos quais negamos
algumas vivências, e adquirimos vitudes!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

PALHAÇADA....


Imagem remete-nos a fatos
Tristes ou alegres
incógnitos ou transporantes

quarta-feira, 14 de julho de 2010

NECESSITADOS ESTAMOS NÓS...

Por que andamos tão carentes?
Carentes de pessoas a nos idolatrar,
de amores que demonstrem em atitudes
o quão amados e respeitados somos...
Não nos basta simplesmente saber que nos amam?
Ou que já nos amaram, e nos guardam no coração
com a boa imagem de ter sido feliz,
e dando assim uma força imensurável,
para que procuremos continuar a ser a cada dia vivido?

Somos realmente hipócritas,
e aprendemos desde cedo este sentimento,
por mais aversão que ele possa causar,
convivemos com ele.
E diariamente aprendemos a tê-lo como trunfo,
que seria de grande valia se não o fosse tão inútil.

Pois ao 'hiprocrisar', enganando-nos,
verdadeiramente não há como poupar-nos de tal deslize.
Da-se assim certo gosto de pecar,
o que originalmente é o que prentendemos,
sair da ordem, da regra, da lei,
diversificar o caráter,
e apesar do tom pejorativo
de fato é agradável!

Amamos então de forma diversa,
e também transpomos horrores para esses amores.
Criticamos muito do que há em nós,
e pleiteamos suspeitas que deveriam ter-se caído,
sobre nossas carcaças a tempos atrás.
E quando se sente e se quer estar preparado,
temos amor, com o sabor verdadeiramente
implícito do sentimento.

Mas claro que para que haja
mais desafetos e pecados,
criamos dentro de nossas histórias sem fim
salpiques de verdadeiros mestres dramaturgos,
assim convivemos com amores e com o mundo
vivente nosso,
aprendendo a desrespeitar e respeitar,
ao saber que pode-se ser de tudo um pouco
sobre a condição humana
e do mesmo ponto de vista
traído e traidor.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Minimamente seria capaz de deixar andar um centro do mundo,
e validar aos que me honestamente admiram,
tentando equilibrar ao que se pode
nas bandejas do coração,
meus momentos de equilibrio...
Seria de todo inverdade,
se esses momentos fossem extensos,
pois na maioria pende-se para um só centro.
Cativa-se dai, todos os prós e contras do amor.

Que sabemos ser a historiografia momentania.
Permito rebeliões em mim mesmo
e caio em contradição a cada passo possível,
sou de um todo pergunta e resposta.
Ironicamento egocentrando,
sejamos capazes de um ponto de reticências sem tantas...

SORRISO

Paragrafando histórias
chego a refir-me levianamente
dos momentos por mim esquecidos
pois sabe-se que vive-se
mais de lembranças inventadas.

Contorno meu ontem
em desenhos abstratos
critico o que me foi dolorido
mas não por ser inválido
chega a ser comico a agregação de tais.

Movendo as constelações nos mapas atuais
acrescento o que há de mistério
no momento exato da dúvida
que essa sim salpica de temperos nossos passos.

Sapateio no dançar das viagens
cruzadas ou não, por nós criaturas.
Retenho de muito que me é doado
até não parecer-me mais palpável.

Sou sorte para alguns
e mau agouro para outros
num contexto geral serei lembrada
como passagem rápida para aqueles que ficaram ou que deixei.

E como lembrança de tratados
refiro-me aos que me acrescentaram
e aos quais acrescentei
um pouco de sorriso, para que haja mais em troca.

DE SENTIR

Saboreando o que há de bom,
hei de convir que o que se recicla em nossos dias
nada mais é que as fatalidades
dos atos ambíguos que queremos e realizamos.
Participamos dos paralelos que traduzem o fato de existir,
deixando que aquilo que sente de fora
perdure por caminhos extensos ao interior nosso,
que participa dos desejos e aquisições nossas
e que adquirimos pela simples menção de querer.
Gravamos sorrisos e momentos,
damos importancia aquilo que nos é
estranhamente acolhido como único e especial.
Eternizamos amores,
e aniquilamos sentimentos,
sem ao certo verificar emocionalmente o que se agrada.
Fria e meticulosamente,
registramos sentimentos
como nossos benfeitores e doadores de felicidades.
Felicidades essas que seriamos capazes de encontrar
em qualquer lugar que haja sentir.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

DE LUZ DE LUXO, DE LIXO DE LUA...

Sou todo dia feliz e contenho infelicidade nos desenhos dos meus olhos,
Sou todo dia alegria e tenho tristeza nas expressões dos meus sorrisos.

E no tempo que o tempo não era tempo pra mim
Vivia eu a ingressar nas lamúrias vitais,
das quais participo sem pensar...

Dramatizo de tudo um pouco para dentro e sentimentos de mim...
Pratico de tudo um pouco para fora e banalizo as importancias dadas...

Critico minhas ações, até onde posso...
só não desisto do amor, porque esse eu sei que tenho e dou!