Paragrafando histórias
chego a refir-me levianamente
dos momentos por mim esquecidos
pois sabe-se que vive-se
mais de lembranças inventadas.
Contorno meu ontem
em desenhos abstratos
critico o que me foi dolorido
mas não por ser inválido
chega a ser comico a agregação de tais.
Movendo as constelações nos mapas atuais
acrescento o que há de mistério
no momento exato da dúvida
que essa sim salpica de temperos nossos passos.
Sapateio no dançar das viagens
cruzadas ou não, por nós criaturas.
Retenho de muito que me é doado
até não parecer-me mais palpável.
Sou sorte para alguns
e mau agouro para outros
num contexto geral serei lembrada
como passagem rápida para aqueles que ficaram ou que deixei.
E como lembrança de tratados
refiro-me aos que me acrescentaram
e aos quais acrescentei
um pouco de sorriso, para que haja mais em troca.
terça-feira, 13 de julho de 2010
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